segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os peixes das redes sociais

Eu me lembro da primeira vez que tive contato com computador. Demorava meio século para iniciar e ainda tinha que digitar a palavra "win" e dar enter para iniciar o Windows. O monitor não tinha cores, acesso a internet então? Nessa época ainda nem tinha ouvido falar nisso. A única coisa que eu fazia em frente ao fofo do computer era jogar paciência (em preto e branco... só ressaltando).

De repente: BUMMMMM!!!! Computador, internet, celular... Orkut, facebook, twitter, flickr, blogs, etc, etc. O sonho de ter a coleção da Barsa foi substituído pelo de ter acesso ao google. Descobriu-se o ctrl+c e ctrl+v e os trabalhos da escola ficaram facílimos. De repente não era preciso mais sair de casa para conversar com um amigo ou para ir aos Correios enviar uma carta a um ente querido que mora em outra cidade. Ficou mais fácil contato com alguém que mora no Japão do que saber o nome do vizinho. As coisas mudaram. Mudaram rápido e, com certeza, mudaram para melhor.

Eu pessoalmente acho um barato o contato que podemos ter com as pessoas através das redes sociais. Inclusive costumo dizer que é necessário que tenhamos além da vida física uma vida virtual. Através do facebook tenho contato com amigos de infância, pessoas que o tempo acabou afastando de mim. Mantenho contato com parentes e fico informada sobre como eles estão. De quebra fico sabendo das novidades na vida das amigas que quase não têm tempo para marcar um encontro pessoalmente. 

Mas essa é só a carinha bonita das redes sociais.

Impensavelmente as pessoas têm escrito e postados fotos que expõem severamente sua vida privada. Através da timelime do facebook você descobre coisas das quais sequer procurou saber. Fatos desinteressantes e extremamente particulares às vezes. 



Não estou aqui tentando dizer o que se deve e o que não se deve postar na internet, afinal não teria um pingo de graça se não existisse toda essa liberdade. A palavra chave aqui é sensatez!

Ninguém chega a um consultório médico e vai contando toda sua vida para outro paciente que está na sala de espera. Mas as pessoas adicionam aquela pessoa meio conhecida/desconhecida e lhe dá acesso a todas as suas informações pessoais, fatos e fotos desacanhadas, e fofocas particulares (não me peçam para explicar o sentido de "fofoca particular", ok?)

Uma informação colocada na internet fica eterna. Não é como uma frase que você fala, se arrepende, e não repete nunca mais. Ou um álbum de fotos que você carrega debaixo do braço para mostrar apenas a quem lhe convir. É eterno. Você pode colocar uma foto e retirar dentro de alguns minutos que alguém já pode a ter copiado e estar utilizando a dita cuja como papel de parede (aiii... medo só de imaginar malucos assim).

Faça um teste. Digite o seu nome (o que você utiliza nas redes) entre aspas no google. Analise os resultados e veja quantas informações sobre sua pessoa a internet tem posse. 

O bacana é que, como na vida física, pode-se mensurar o quanto de informação pode ser colocada aqui. Não fale pouco sobre você, permita que o mundo te conheça. Mas também não precisa falar tudo, né? 

Por Naiara

2 comentários:

Viviane Pinho disse...

Vixeee! Eu nem lembrava de como era antigamente o pc! Estou tão acostumada com tudo isso de pc-orkut-celular-twitter e etecéteras!

Adorei o texto! Tem bastante gente precisando ser sensata mesmo!

Beijo!

19/9/11
Naiara e Letícia disse...

Obrigada Vi!
Você sempre fofa participando ativamente do blog!

Beijo grande!

20/9/11